.


As quatro rainhas mortas

resenha as quatro rainhas mortas

(Créditos: @cheirinho_de_livro_novo)

Olá queridos leitores, sejam bem vindos ao nosso cantinho literário! Eu sou a Aly e se você curte mistérios intrigantes e reviravoltas dignas de um bom thriller, misturados com um mundo de fantasia super original, "As Quatro Rainhas Mortas" vai ser aquele livro que você vai devorar rapidinho! A trama vai te levar numa montanha-russa de suspeitas. Sabe aqueles livros que você acha que matou a charada e, de repente, boom, plot twist? Pois é, prepare-se para se perguntar o que diabos acabou de acontecer. Cada rainha tem seus segredinhos, e você vai adorar odiar cada um deles. Então, se você está procurando uma leitura divertida, cheia de ação e com um toque de mistério, "As Quatro Rainhas Mortas" é uma ótima pedida e com certeza vai te entreter e te deixar querendo mais aventuras em Quadara. Afinal, quem disse que rainhas não podem ser mortais, né? 👑💀

Então, pega um chá, se aconchega no sofá e aproveitem a resenha dessa história de tirar o fôlego!


Ficha técnica:

  • Título: As Quatro Rainhas Mortas
  • Autor: Astrid Scholte
  • Gênero: Fantasia, Mistério
  • Editora: Seguinte
  • Número de páginas: 392
  • Ano de publicação:  2019 
  • Classificação indicativa: +14



Sinopse:

Quatro rainhas mortas. Três dias para encontrar o assassino. Dois romances proibidos. Um final imprevisível.

Roubos, mentiras, traições, um luxuoso cenário de realeza e uma região dominada pela sujeira e contrabando: neste contexto situa-se Quadara, nação dividida por quatro quadrantes e governada por quatro rainhas diferentes por suas peculiaridades, mas unidas por um objetivo em comum: proteger seu povo.

Quando Keralie Corrington, a melhor e mais hábil larápia de Toria, rouba Varin, um mensageiro eonista, um labirinto começa a se formar, conduzindo-os à cena do crime que costura toda a narrativa da história: o palácio real. Num movimento contínuo de fuga e proximidade, os dois enredam-se numa teia de conspiração ao tentarem, incansavalmente, impedir os assassinatos antes que seja tarde demais.

No entanto, algumas questões permanecem: será que Keralie conseguirá não se deixar dominar pelos antigos hábitos em prol de um interesse maior que os seus próprios?

E a união de Quadara, por tanto tempo preservada, conseguirá permanecer inviolada?



Resenha:

"As Quatro Rainhas Mortas" de Astrid Scholte é uma obra que surpreende ao misturar fantasia, mistério e intriga política em uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas. O livro se destaca ao trazer uma premissa original: Quadara, um reino dividido em quatro quadrantes, cada um governado por uma rainha com habilidades e responsabilidades distintas. Este cenário oferece um pano de fundo fascinante e instiga o leitor a mergulhar em um mundo onde a harmonia é mantida por um delicado equilíbrio de poder.

A construção do mundo de Quadara é um dos aspectos mais fortes do livro. Scholte consegue criar um universo coeso e intrigante, onde cada quadrante tem suas próprias características culturais e sociais. A autora não apenas define visualmente cada região, mas também explora as tensões e alianças que existem entre elas, o que adiciona camadas à narrativa. O conceito de quatro rainhas reinando juntas, mas separadas, é uma metáfora poderosa sobre a diversidade e a colaboração entre diferentes ideologias e formas de governança.

A protagonista, Keralie Corrington, é um exemplo de personagem feminina forte e multifacetada. Ela começa como uma ladra astuta e autossuficiente, mas à medida que a trama avança, Keralie é forçada a confrontar não apenas os perigos externos, mas também seus próprios demônios internos. Seu desenvolvimento ao longo do livro é convincente, e a jornada emocional que ela percorre é bem trabalhada, fazendo com que o leitor se importe com suas decisões e desafios.

O mistério central em torno dos assassinatos das rainhas é bem construído e mantém o leitor envolvido até o fim. Scholte é hábil em dosar as revelações e as reviravoltas de forma que a tensão nunca diminua. A autora consegue equilibrar a investigação do crime com o desenvolvimento dos personagens e a construção do mundo, criando uma narrativa que é ao mesmo tempo complexa e acessível.

Além disso, a escrita de Scholte é ágil e direta, o que torna a leitura dinâmica e fácil de acompanhar. A escolha de alternar os pontos de vista ao longo do livro dá uma dimensão maior à história, permitindo ao leitor entender as motivações de diferentes personagens e ver os eventos de múltiplas perspectivas. Isso adiciona profundidade à trama e aumenta o impacto das revelações à medida que a história avança.

"As Quatro Rainhas Mortas" também se destaca por sua abordagem sobre poder, sacrifício e responsabilidade. A forma como as rainhas são retratadas — cada uma com seus próprios segredos e fardos — adiciona uma camada de complexidade moral à história. Elas não são apenas figuras de autoridade, mas mulheres com falhas e virtudes, o que humaniza suas decisões e dilemas.



Opinião:

Se tem uma coisa que eu gosto em um livro, é quando ele me prende desde o começo, e "As Quatro Rainhas Mortas" conseguiu fazer isso logo de cara com essa premissa de um reino dividido em quatro partes, cada uma com uma rainha que tem uma função específica. A ideia de ter um governo conjunto, mas separado, me deixou super curiosa pra ver como isso ia se desenrolar, e o livro entrega alguns momentos realmente interessantes.

Logo de início, somos apresentados à Keralie, uma ladra que, do nada, se vê enfiada numa conspiração que pode derrubar o governo inteiro. E eu adoro personagens como a Keralie — cheia de falhas, teimosa, e com aquele jeitinho de anti-heroína que vai te conquistando aos poucos. O problema é que, apesar de tudo isso, algumas coisas no desenvolvimento dela parecem acontecer rápido demais. Tipo, num momento ela tá só querendo sobreviver, e no outro, já tá praticamente carregando o peso do mundo nas costas. Isso poderia ter sido trabalhado de forma mais gradual, mas ainda assim, não tira o brilho da história.

Agora, vamos falar sobre as rainhas. Cada uma delas tem seus segredos, e a história faz um bom trabalho em criar tensão ao redor de suas vidas. A gente sabe que algo muito errado vai acontecer, mas não dá pra saber o quê ou com quem. Essa sensação de estar pisando em ovos é o que mais me prendeu no começo. Quando os assassinatos começam, fiquei genuinamente surpresa e tentando adivinhar quem era o culpado.

No entanto, e aqui vai minha crítica, o mistério central, que deveria ser o ponto alto do livro, às vezes parece seguir um roteiro previsível. Algumas das reviravoltas você consegue prever antes de acontecerem, o que pode tirar um pouco da emoção. Mas, por outro lado, o ritmo do livro é tão ágil que você acaba perdoando essas pequenas falhas porque a história simplesmente não para. Não dá tempo de ficar entediado.

Um dos momentos que me deixou mais pensativa foi quando as memórias das rainhas começam a ser reveladas através dos chips. Isso adiciona uma dimensão interessante à trama, mostrando que ninguém ali é 100% bom ou mau, mas que todos estão presos em um jogo de poder onde fazer o que é "certo" nem sempre é fácil. E é aí que o livro brilha: na complexidade moral dos personagens.

O final, sem dar spoilers, tem aquele efeito de montanha-russa. Você vai subindo, subindo, esperando aquela queda vertiginosa… e ela acontece, mas talvez não com o impacto que eu esperava. Fiquei com a sensação de que algumas coisas poderiam ter sido resolvidas de forma mais impactante. Mas, ao mesmo tempo, é um final que faz sentido dentro da lógica do livro e deixa algumas portas abertas para possíveis continuações.


COMPRE O LIVRO POR AQUI



Citações favoritas:

 “Às vezes, o fracasso é o começo do sucesso, mas você precisa fazer a escolha certa no momento certo. E quando esse momento chegar, você não deve ter medo de agir.”

“É fácil julgar os outros quando estamos em um pedestal de autossuficiência.”

“Uma única decisão pode alterar o curso da sua vida, mas isso não significa que você não possa escolher um caminho diferente depois.”

“A verdade é que toda ação tem uma consequência. Às vezes, não conseguimos ver o que é até que seja tarde demais.”


 

Avaliação:

⭐⭐⭐⭐⭐(5 estrelas)



Sobre a autora:

Astrid Scholte é uma autora australiana de ficção para jovens adultos, conhecida por criar histórias que misturam elementos de fantasia, mistério e aventura. "As Quatro Rainhas Mortas" (publicado em 2019) é seu romance de estreia, que rapidamente ganhou atenção por sua premissa original e intrigante.

Astrid tem uma formação em animação e efeitos visuais, tendo trabalhado na indústria cinematográfica por mais de uma década. Ela participou de projetos para grandes estúdios, como Weta Digital e Animal Logic, onde trabalhou em filmes como Avatar, As Aventuras de Tintim e O Hobbit. Essa experiência no cinema é evidente em seus livros, que muitas vezes têm um ritmo cinematográfico e uma forte ênfase em visuais vívidos e cenas de ação dinâmicas.

Crescendo em Melbourne, Austrália, Astrid sempre foi apaixonada por contar histórias, e seu amor por fantasia e ficção científica foi o que a inspirou a começar a escrever. Seu estilo é marcado por reviravoltas inesperadas, personagens complexos e mundos detalhados, que atraem leitores que buscam histórias envolventes e cheias de mistério.

Depois de "As Quatro Rainhas Mortas", Astrid Scholte continuou sua carreira literária, publicando outros livros dentro do gênero de fantasia para jovens adultos, como "The Vanishing Deep" (2020), que também explora temas de mistério e sobrevivência em um mundo de ficção científica.

Astrid Scholte é uma autora que promete continuar surpreendendo seus leitores com histórias criativas e cativantes, sempre trazendo algo novo e inesperado para o mundo da literatura jovem adulta.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Despertar da Lua Caída

Amor em Roma

A Guardiã de Pedras