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O Despertar da Lua Caída

O Despertar da Lua Caída

(Créditos: @cheirinho_de_livro_novo)

Olá, amantes dos livros!🌙✨ Hoje venho compartilhar com vocês uma leitura que, apesar de algumas paradas no caminho, me levou a um universo fascinante e cheio de mistérios. Preparem-se para embarcar em uma jornada por um mundo sombrio, onde as luas não apenas iluminam a noite, mas também guardam as memórias daqueles que se foram. Conheça Raeve, uma assassina forte e sarcástica, e Kaan, um faérico misterioso com um passado doloroso. Juntos, eles enfrentam desafios que misturam ação, romance e um pouco de intriga feérica. Então, prepare-se para embarcar em uma fantasia com aquele charme sombrio e personagens que vão te cativar (mesmo que a passos lentos). E não se esqueça de curtir as luas brilhando com memórias — elas são o toque final que dá a esse universo um toque único! 🌙


Ficha técnica:

  • Título: O Despertar da Lua Caída
  • Autor: Sarah A. Parker
  • Gênero: Fantasia 
  • Editora: Harlequin Books
  • Número de páginas: 560
  • Ano de publicação: 2024
  • Classificação indicativa: +18



Sinopse:

Nesse mundo corrompido, as luas brilham com a memória daqueles que se foram. E é com o despertar de uma delas que a mudança começará. 

Como uma assassina de um grupo opositor ao reinado do Grado, o trabalho de Raeve é cumprir ordens e nunca ser pega. Mas, quando um caçador de recompensas demonstra um interesse particular nela, sangue é derramado, corações são partidos e Raeve é levada pela Guilda dos Nobres: um grupo de feéricos poderosos que decidem fazer de sua execução um exemplo. Cem anos atrás, Kaan Vaegor cortou a cabeça de um rei e vestiu sua coroa ainda quente, desolado pela perda de seu grande amor. Agora, em uma jornada interminável, ele acaba se infiltrando na prisão de alta segurança do Grado, onde dá de cara com uma Raeve aprisionada. Ecos de um passado ressoam entre eles. E logo vão perceber que escapar desta prisão é só o primeiro de muitos desafios que esta conexão irá trazer.



Resenha:

Esse livro nos apresenta uma premissa fascinante: um mundo corrompido onde as luas guardam memórias dos mortos e a promessa de mudança surge com o despertar de uma delas. No entanto, apesar de seu potencial, a execução deixa a desejar em alguns pontos que afetam a experiência de leitura.

A protagonista, Raeve, é uma assassina fria e calculista, que pertence a um grupo rebelde opositor ao reinado de Grado. Sua história poderia ser envolvente, mas a narrativa sofre com um ritmo lento que prejudica o impacto de várias cenas importantes. Mesmo em momentos de ação ou tensão, há uma constante sensação de que o enredo se arrasta. As descrições prolongadas e os diálogos repetitivos enfraquecem a fluidez, tornando difícil para o leitor se manter imerso na trama.

Outro ponto crítico é o uso excessivo de sarcasmo na construção dos diálogos, principalmente em Raeve. O sarcasmo, quando bem utilizado, pode adicionar uma camada interessante ao personagem, tornando-o espirituoso ou rebelde. Contudo, aqui ele soa forçado e fora de lugar em muitas ocasiões. As tentativas de humor ácido parecem pouco naturais e, em vez de aprofundar a personalidade de Raeve, tornam suas interações rasas e previsíveis. Esse artifício, repetido ao longo da narrativa, acaba desgastando o leitor e diluindo a tensão dramática que poderia surgir de suas situações de perigo.

Kaan Vaegor, o outro protagonista, apresenta um passado trágico e cheio de camadas emocionais que poderiam ser melhor exploradas. Cem anos após decapitar um rei e tomar a coroa em um ato de desespero pelo luto de sua amada, Kaan é introduzido como uma figura sombria e poderosa. No entanto, sua caracterização carece de profundidade. Apesar da tragédia pessoal que o cerca, o desenvolvimento de seu arco emocional é ofuscado pela insistência em traços clichês de heróis sombrios e solitários. A ligação entre Kaan e Raeve, que deveria ser um dos pilares emocionais do livro, surge de forma abrupta e previsível, faltando a construção gradual que criaria maior impacto.

Além dos problemas de ritmo e do sarcasmo forçado, o livro apresenta cenas +18 que, embora tentem adicionar intensidade à relação entre Raeve e Kaan, acabam não cumprindo totalmente esse papel. Essas cenas parecem mal encaixadas na trama, surgindo sem um desenvolvimento emocional suficiente para que o leitor realmente sinta a conexão entre os personagens. Em vez de servirem para aprofundar o relacionamento entre Raeve e Kaan, elas soam artificiais e apressadas, contribuindo pouco para a narrativa geral. O romance surge de forma abrupta, sem o amadurecimento necessário para que essas cenas realmente tenham impacto emocional. Em vez de serem momentos poderosos e significativos, acabam parecendo mais um artifício para tentar acelerar uma conexão que, até então, não se desenvolveu de maneira natural.

Além disso, o tom dessas cenas às vezes destoa do restante da narrativa. O livro, que é predominantemente sombrio e cheio de tensão política e intriga, parece mudar de tom de forma brusca durante essas passagens, o que pode gerar uma desconexão para o leitor. A sensação é de que as cenas foram inseridas mais como uma tentativa de adicionar um elemento "picante" à história do que como uma parte orgânica do desenvolvimento da relação entre Raeve e Kaan.

Apesar dos problemas que o livro apresenta, há muitos aspectos elogiáveis na história, especialmente em termos de worldbuilding e conceitos criativos. O cenário de um mundo corrompido onde as luas brilham com as memórias dos mortos é profundamente evocativo e oferece um pano de fundo intrigante para a trama. A ambientação é sombria, rica em detalhes e cria uma atmosfera envolvente, onde o passado se mistura com o presente de maneira quase poética. O mistério em torno das luas e seu significado para os personagens adiciona uma camada de misticismo que mantém o leitor curioso sobre os segredos que o universo guarda.

Os personagens também têm potencial. Raeve é uma protagonista forte e determinada, cuja jornada pessoal de sobrevivência em um mundo implacável prende a atenção. Seu passado sombrio e sua luta para se manter um passo à frente de seus inimigos conferem um charme a seu arco, tornando-a alguém por quem o leitor torce, apesar de suas falhas. Já Kaan Vaegor, embora inserido de maneira um pouco previsível, traz consigo uma carga emocional interessante, com sua dor de um amor perdido há cem anos. A promessa de que seu passado está ligado ao de Raeve gera uma tensão crescente ao longo da trama.

Além disso, os elementos de ação são bem descritos, com batalhas tensas e uma atmosfera de perigo constante. O livro consegue capturar a violência e a brutalidade do mundo em que os personagens vivem, mantendo o leitor à beira do assento durante as sequências mais intensas. As descrições detalhadas e visuais das lutas contribuem para um clima dinâmico, especialmente nas cenas que envolvem a prisão de alta segurança de Grado, onde o ambiente claustrofóbico é utilizado de forma eficaz para aumentar a sensação de risco.

Por fim, a promessa de reviravoltas ligadas ao passado dos protagonistas e os ecos de um destino maior que ambos precisam enfrentar criam um senso de urgência e grandeza na história. Há uma profundidade em potencial nas questões de perda, luto e redenção, que, quando exploradas de maneira mais ampla, podem transformar a narrativa em algo mais significativo. Mesmo com suas falhas, o enredo oferece uma base sólida e criativa, que poderia facilmente cativar fãs de fantasia que buscam uma história de redenção em meio ao caos de um mundo corrompido.



Opinião:

Sabe quando você pega um livro com uma sinopse tão empolgante que já se prepara para ser jogado em um turbilhão de emoções e aventuras? Foi exatamente assim que me senti ao começar essa história! Temos um mundo sombrio, luas brilhantes que guardam as memórias dos mortos, uma assassina com um nome estiloso (Raeve) e um faérico poderoso (Kaan) que chega cheio de mistérios e um passado pesado. Eu sabia que estava prestes a embarcar em uma jornada épica — e foi mesmo, mas com algumas paradas no caminho. Vamos lá!

Primeiro, preciso falar da construção desse universo. É simplesmente fascinante! O mundo onde as luas guardam memórias é rico em simbolismo, fazendo com que cada detalhe pareça ter um significado maior. A ambientação é repleta de feéricos poderosos, prisões de segurança máxima, conspirações e uma constante sensação de que algo grandioso está prestes a acontecer. Eu adoro quando uma história de fantasia traz esse clima de mistério, e aqui ele brilha, deixando o leitor curioso sobre os segredos que o universo guarda.

Agora, sobre Raeve e Kaan... Ah, esses dois! Raeve é uma protagonista durona, daquelas que não abaixam a cabeça para ninguém, e logo de cara você percebe que ela sabe se virar sozinha. E tem sarcasmo! Sério, eu adoro personagens sarcásticas, e Raeve utiliza o humor ácido como se fosse uma arma extra no seu arsenal. Ok, confesso que, em alguns momentos, o sarcasmo dela parece meio forçado, mas nada que estrague a experiência. Ela possui uma força que faz você torcer por ela, especialmente quando as coisas começam a desmoronar e ela precisa confiar em alguém que claramente esconde muitos segredos.

E aí entra Kaan. Gente, ele é uma mistura de charme enigmático e aquele tipo de personagem quebrado emocionalmente que a gente adora acompanhar. Depois de decapitar um rei e assumir a coroa ainda quente, ele carrega cem anos de luto pela perda do amor de sua vida. Como não se interessar? A dinâmica entre ele e Raeve começa um pouco lenta, mas você consegue sentir a faísca desde o início. Ao invés de ir direto ao ponto como muitos romances de fantasia, este aqui é do tipo que cozinha a relação bem devagar, no famoso estilo slow burn.

E falando em romance, vamos para as cenas +18. Elas estão lá, bem explícitas, mas, honestamente, senti que poderiam ter sido mais integradas ao desenvolvimento da relação entre Raeve e Kaan. As cenas sensuais surgem antes que a conexão emocional entre os dois esteja completamente estabelecida, o que acaba deixando a interação um pouco mecânica em alguns momentos. Não que sejam mal escritas — pelo contrário, são descritas de forma intensa e visual — mas eu esperava que o romance crescesse junto com essas cenas, com mais construção de intimidade antes de chegarmos a esses momentos mais “calientes”. Se você é fã de cenas quentes, vai se satisfazer, mas talvez sinta falta de um pouco mais de profundidade emocional para complementar a química física.

Outro ponto que me deixou um pouco dividida foi o ritmo da história. A premissa é incrível, o mundo é superinteressante, e os personagens têm camadas — mas, em alguns momentos, o desenrolar dos acontecimentos é lento. A narrativa às vezes se perde em descrições longas e diálogos que poderiam ser mais objetivos, o que, em certos momentos, faz você pensar: "Vamos logo para o próximo grande momento!". Não que o livro seja monótono — longe disso — mas você realmente sente que poderia haver um pouco mais de agilidade para a história fluir melhor.

Agora, uma coisa que o livro faz muito bem é entregar cenas de ação e tensão. As batalhas são descritas de forma eletrizante, cheias de adrenalina e aquela sensação de perigo real, onde qualquer coisa pode acontecer. As lutas, especialmente nas cenas dentro da prisão de alta segurança, são intensas e deixam você na ponta da cadeira. É como se cada passo que Raeve e Kaan dão fosse parte de uma dança perigosa, onde um erro pode custar tudo. Mesmo com o ritmo mais devagar em algumas partes, quando a ação acontece, ela realmente agarra o leitor.

No geral, eu diria que este é um livro para quem curte fantasia com uma pegada mais densa, cheia de mistério e um romance que se constrói aos poucos. Não é aquele tipo de história que te arrebata logo no começo, mas, se você tiver paciência para seguir o ritmo, vai se ver envolvido no drama dos personagens e no universo fascinante em que vivem. Se você gosta de um slow burn com personagens complexos, cenas quentes e uma dose de política feérica, essa leitura é para você.

Agora, se você é do time que prefere histórias mais rápidas e dinâmicas, com o romance acontecendo logo de cara e sem muita enrolação, pode achar o ritmo um pouco frustrante. Mas, no final das contas, foi uma leitura que me deixou pensando sobre os personagens por um bom tempo depois de fechar o livro. Isso já é um sinal de que, apesar dos tropeços, a história realmente tem algo especial.


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Citações favoritas:

"A tristeza é como pedras que se acumulam dentro de você, dificultando a movimentação."

"Um simples pedido de ajuda não te torna fraca. Faz de você alguém de verdade."

 


Avaliação:

⭐⭐⭐⭐⭐(5 estrelas)



Sobre a autora / o autor:

Sarah A. Parker é uma autora contemporânea de fantasia e ficção, conhecida por seus mundos ricamente construídos e personagens complexos. Ela tem uma habilidade especial para criar histórias que misturam elementos de romance, ação e intrigas políticas em ambientes mágicos e místicos.

Seu trabalho frequentemente explora temas de luta interna, amor e a busca por identidade, com personagens que enfrentam desafios tanto externos quanto internos. Sarah é elogiada por seu estilo de escrita envolvente e por seu talento em criar diálogos cativantes, além de desenvolver tramas que mantêm os leitores ansiosos por mais.

A autora também costuma compartilhar insights sobre seu processo de escrita e suas inspirações em redes sociais e plataformas de escrita, permitindo que seus fãs se conectem com ela de forma mais pessoal.

Comentários

  1. Adorei sua resenha, tinha comprado o livro mas após ver outras resenhas fiquei na dúvida se deveria ler. Agora depois de ver sua opinião com os pontos positivos e negativos decidi ler e tirar minhas próprias conclusões. Obrigada

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    Respostas
    1. Que bom que minha resenha te ajudou a dar uma chance ao livro! 😄 Fico feliz que você vá tirar suas próprias conclusões, porque, no final, cada leitura é uma experiência única, né? Espero que a história te surpreenda e depois me conta o que achou, vou adorar saber! 📚✨

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